terça-feira, 24 de novembro de 2009

Tri lançamento Tri legal na Casa das Rosas

A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura recebeu, no dia 13 de novembro, três autores para lançamento de seus livros: Marcelo Tápia, com o livro “Valor de uso”, Jaa Torrano, com “A esfera e os dias”; e Donny Correia com “Balletmanco”.

Os três foram publicados pela Editora Annablume. Marcelo Tápia, escritor, tradutor, ensaísta e editor - foto 1 - , já publicou Primitipo (1982), O bagatelista (1985), Rótulo (1990) e Pedra volátil (1996). É diretor do Museu Biográfico e Literário Casa Guilherme de Almeida, em São Paulo, onde organiza um Centro de Estudos de Tradução Literária. É palestrante conhecido, principalmente, nas áreas de poesia e tradução poética. “Valor de uso” foca o eterno recomeço da presença do homem, de sua habitual relação com o palpável e de sua constante tentativa em tocar o abstrato.

José Antonio Alves Torrano (Jaa Torrano) - foto 2 - é professor de grego na USP. Já publicou “O sentido de Zeus”, além de várias matérias sobre literatura grega clássica em revistas especializadas.

Donny Correa - foto 3 - publicou em 2005 o livro de poemas “O eco do espelho”. Seu lançamento “Balletmanco” é a história de um poeta cuja esposa se suicida e os pensamentos que o acometem numa determinada fração de tempo. Donny é coordenador de eventos da Casa das Rosas. Autógrafos, coquetel e música aguardavam os amigos e admiradores que ali se reuniram para homenagear a mais um presente literário recebido.

A Casa das Rosas abriu no dia 31 de outubro uma instalação multimídia “Edgard Alone Poe”, celebrando o bi centenário do famoso precursor da literatura fantástica moderna, que nasceu em 1809, em Boston e faleceu em 1849, em Baltimore.

Novembro na Casa das Rosas ainda oferece outro lançamento de livro, “Graduado em Marginalidade” (Sacolinha), Exposição “Tecendo histórias, traçando pontes”, até 06/12/2009; Projeto Poeta em cena, com Ademir Assunção, nos dias 28 e 29/11/09, das 20h às 21h. Também no dia 28/11, às 15h da tarde, Mil Primaveras de Poesia Galega. Encerrando a programação do semestre, Fim de ano na Casa das Rosas, de 01 a 20 de dezembro.
Palestrantes, professores, preletores de primeira grandeza estão programados para as atividades do mês de novembro e dezembro na Casa das Rosas. A programação completa que consta de apresentações teatrais, cursos, palestras, saraus e eventos especiais pode ser vista no site www.casadasrosas-sp.org.br

Sem querer entrar em "lugar comum", podemos dizer que: Se a cultura alimenta a alma a Casa das Rosas, bem como a Casa de Guilherme de Almeida, apresentam "cardápios" apetitosos e saudáveis!

Bom apetite!


Casa das Rosas
Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura Av. Paulista, 37 - Bela Vista CEP.: 01311-902 - São Paulo - Brasil (11) 3285.6986 / 3288.9447 contato.cr@poiesis.org.br

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Gary Chapman, autor do livro “As 5 Linguagens do Amor”, em São Paulo

Era 30 de setembro. O frio ainda castigava a cidade de São Paulo, apesar de já estarmos na Primavera. O local da reunião era longe, então munidos de GPS lá fomos nos aventurar em um bairro desconhecido do outro lado da cidade. Apesar do trânsito, conseguimos chegar.

Logo na entrada ficamos boquiabertos com o tamanho da Igreja Bíblica da Paz. Em seguida, nos dirigimos para comprar o livro que nos daria direito ao ingresso para a palestra. Grande tirada “amarrar” a entrada à compra do livro.

Em seguida, nos dirigimos ao coquetel que estava acontecendo na sala chamada “Capela”. Claudinei Franzini havia colocado o nome do João Marcos, meu marido, e o meu, para que pudéssemos ter um contato mais próximo com o autor americano, para quem eu havia traduzido o primeiro livro no Brasil - As 5 Linguagens do Amor - precursor da “série das linguagens”: As 5 linguagens do amor para crianças, para jovens, para solteiros e assim por diante. O livro original foi
best-seller várias vezes, tendo vendido 3 milhões de unidades, somente em inglês, e foi traduzido para 34 idiomas.

Eu me apresentei a Gary como a tradutora de “As 5 Linguagens do Amor”, cumprimentei-o, trocamos algumas palavras, ele autografou o "Castelo de Cartas" e em seguida, João Marcos e eu nos dirigimos ao local onde ele falaria a um auditório com mais de três mil pessoas.

Foram momentos de puro enlevo. “As 5 Linguagens do Amor” se uniram ao “Castelo de Cartas” (lançamento) e o resultado foi uma mensagem que causou impacto e deixou esperança a todos os casais.

Foi muito bom encontrar com seu intérprete oficial, Mario Simões, amigo de muitos anos, do início da Igreja Batista do Morumbi. Filho de Priscila e Neco Simões, pastor e missionário por muitos anos da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo, e também voz de dublagens em port
uguês, como a de Rex Humbard, o pastor televisivo dos anos 80. Mario, também é neto de um saudoso e querido casal, pastor Walter e Edelweiss Kaschel. Além de músico e pastor, ele é ótimo intérprete. Foi muito bom revê-lo depois de tantos anos...

O período de cânticos foi dirigido por Asaph Borba, conhecido compositor de músicas cristãs.

Mark Carpenter diretor geral da Editora Mundo Cristão, e Claudinei Franzini, diretor de Marketing, tiveram participações na programação, apresentando e introduzindo os participantes.

O grande auditório sorveu cada palavra de Gary Chapman e interpretada por Mario. Certamente, muitos ali tiveram seu primeiro contato com essa importante mensagem. Outros adquiriram seus livros e começaram a imbuir-se do assunto.

No silêncio do meu coração e no anonimato, agradeci a Deus por ter podido traduzir o primeiro livro da “saga” das linguagens do amor e ter conhecido pessoalmente seu autor. Foi muito gratificante perceber como aquela linha de raciocínio foi responsável por ajudar inúmeros casamentos em todo o mundo, inclusive o meu.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Não deu tempo...

Éramos muitos e quase todos tínhamos os olhos molhados, no culto de despedida de Jorge Rehder que aconteceu no Projeto Raízes, domingo 8 de novembro de 2009.

Jorge, dentista de profissão, era músico / poeta por paixão. Chegou, então, o momento em que Deus resolveu chamá-lo para compor lá no céu.

As músicas que fez aqui na Terra, sem estar na presença física de Jesus, já eram especiais. Imagine, então, a produção que fará ali, na presença real de sua maior inspiração!


Rudemar, um dos pastores do Projeto Raízes contou que suas últimas palavras foram o primeiro versículo do Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”. Não deu tempo dele terminar o Salmo aqui. É bem possível que tenha continuado a recitá-lo, silenciosamente e, quando percebeu, já estava na presença de seu eterno pastor!


No ano passado Jorge completou 35 anos de ministério. Suas músicas edificaram, confrontaram, sensibilizaram a muitos. Elas vão ficar por aqui, dando continuidade ao seu trabalho. “Chutando baixo” foram umas 130 músicas. Entre elas “Barnabé”. Nos congressos de pastores em que ele dirigia ou participava do louvor, essa era uma das requisitadas. “Da multidão dos que creram, era só um o coração...”. É como se inicia uma outra canção das mais apreciadas de Jorge Rehder. Ela oferece um quadro da igreja primitiva e é muito cantada durante a cerimônia de Ceia nas igrejas.

Ele compunha sozinho, ou em parceria. Entre seus mais constantes parceiros e amigos, encontram-se Nelson Bomilcar, Guilherme Kerr e Jorge Camargo e, com eles também formou um quarteto que encantou a muitos com suas composições primorosas, afinação apurada e interpretação contagiante. Foi a época da Morumbi Produções, da Igreja Batista do Morumbi, na década de 80.


Segundo Jaime Kemp, diretor de Lar Cristão e fundador de Vencedores Por Cristo, Jorge Rehder juntou-se ao time de poetas e músicos brasileiros de nossa época, que já foram “promovidos” – Jairinho, Janires e Sérgio Pimenta. E que quarteto também formaram ali!


Há muito, mas muito mais pra se escrever sobre Jorge: de seu incrível senso de humor, à integridade de vida e sensibilidade nos relacionamentos. Mas... Há também muitos outros escrevendo sobre ele. Vou, então, parar por aqui deixando registrada minha apreciação por sua vida, por sua obra e por sua linda família. Apesar da saudade, do vazio que ficou, sabemos que agora é que ele está desfrutando da verdadeira vida!


A esposa Marilda e as filhas Marina e Carol são, agora, alvos constantes de nossas orações. Que elas se sintam amadas, amparadas e sejam receptáculos do consolo direto do Espírito Santo, que é o especialista dessa área.


Até breve, Jorge.
Você só foi antes de nós!
Quando chegar a nossa vez,
você nos ensinará suas novas composições
e todos juntos cantaremos ao Senhor,
motivo primeiro de nossa vida aqui,
ou aí na eternidade!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os livros vão desaparecer?

Esta é a pergunta que não quer se calar...

Amo a presente época, sou usuária de eletrônicos e utilizo muito a Internet. Minhas comunicações são feitas em grande parte através da web, por emails, MSN, twitter, skipe etc. No entanto, continuo a ser uma profunda apreciadora e frequentadora de livrarias. Nada se compara a pegar um livro nas mãos, sentir o cheiro do papel, tentar adivinhar sua gramatura, notar os efeitos da capa percebendo se ela é recoberta por verniz total ou localizado e assim por diante.

Sei que há muitas pessoas como eu e é por isso que espero, torço, anseio que os livros continuem por muito tempo ainda na face da terra. Segurar algo concreto, não somente olhar para o virtual, nos faz sentir mais humanos.

Não tenho nada contra os e-books. Creio que eles deverão em breve ser aperfeiçoados a ponto de nós mortais, podermos utilizá-los. Porém, não penso que virão a substituir os livros em si. TV e rádio convivem, jornal e revista, telefone fixo e celular, fotografia e cinema. Por que não e-books e livros tradicionais? Sou da área de Comunicação – Produção Editorial e Jornalismo – e, ao contrário de muitos profissionais da área de tecnologia, não vejo o presente e nem o futuro próximo como ameaça de extinção ao bom e velho amigo livro. Talvez em futuro distante isso venha a ocorrer, se é que Jesus não voltará antes!

Porém, enquanto isso, o ser humano vai tentando aperfeiçoar os e-readers. A famosa agência de notícias Reuters publicou uma matéria com o seguinte título: “E-readers ainda precisam evoluir” http://info.abril.com.br/noticias/mercado/e-readers-ainda-precisam-evoluir-02112009-5.shl

Analistas avaliam os mais recentes e-readers – como o Kindle, da Amazon.com e o Nook, da Barnes & Noble e dizem:

Em alguns aspectos os eletrônicos ainda perdem feio para a experiência tátil proporcionada pelos livros convencionais... Até agora, os e-readers só fornecem "reproduções estáticas de uma versão impressa" com a desvantagem de que os livros convencionais fazem parte da história de vida dos consumidores e com os quais eles se sentem familiarizados, confortáveis...

Creio que uma das nítidas vantagens desses equipamentos é o espaço virtual para armazenagem. Quem ama livros acaba não tendo mais espaço para guardá-los. O mofo os ataca, as traças também. Nos e-readers, milhares de títulos podem ser armazenados e acessados sem que o leitor dê um espirro sequer!

Pois é... Os amantes do livro se sentem, muitas vezes, como protagonistas de um filme de ficção em que ele está preste a desaparecer. Há muita elucubração, mas somente o futuro nos fornecerá a resposta sobre o que acontecerá com a nossa leitura.

Enquanto o presente não é futuro, os livros continuam sendo mais que simples fornecedores de cultura, orientação ou entretenimento. Eles são nossos amigos, companheiros, pois quem lê, nunca está sozinho!