quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cobre, ouro, lágrimas e esperança

Recebi o texto abaixo de uma amiga, Rosana Brandão. Ela, por sua vez, o recebeu do próprio autor, Fábio Henrique Secomandi.
Eu estava para postar alguma coisa sobre aqueles homens que estão presos na mina de ouro e cobre no Chile, pois fiquei emocionada ao ver, na televisão, uma matéria que dizia que eles estão se organizando em equipes e revezando papéis e funções. As equipes têm o intuito de estimulá-los mutuamente, dando-lhes responsabilidade e mantendo suas mentes ocupadas e direcionadas a algo de útil. Uma delas deve trabalhar para manter a moral do grupo o mais elevada possível. E é impressionante como estão procurando segurar a sanidade e reter a esperança. Creio que saindo de lá poderão dar aulas de sobrevivência!

E era isso que estava em meu coração e mente, quando chegou a mensagem abaixo. Coincidência? Não creio! Então, mandei um email para a Rosana que, prontamente me colocou em contato com o autor do texto, e dele recebi a devida autorização para fazer esta postagem. Segue, então, o texto que tocou fundo em meu coração. Espero que também toque o seu.


Obrigada, Rosana, obrigada Fábio.

Ontem assisti no Globo News, a reapresentação do Fantástico, que começou com a reportagem sobre o desmoronamento daquela mina de Cobre no deserto do Atacama, no Chile. Na semana passada, após 17 dias de perfurações, equipes de resgate do Chile localizaram 33 operários da mina parcialmente desmoronada. Eles estão presos a uma profundidade de 700 metros. Nos 17 dias anteriores à chegada da sonda, dividiram a comida e os medicamentos que havia; e também formaram três grupos disciplinares para manter o controle tanto emocional quanto físico.

A repórter Sônia Bridi, que esteve lá, resumiu a questão da seguinte forma: Fica difícil saber se são as famílias acampadas no solo que estão encorajando os operários soterrados, ou são estes que as estão encorajando lá de baixo. O resgate está previsto para daqui a 4 meses, e o Chile receberá o apoio técnico de médicos e especialistas da NASA para os cuidados com os 33 heróis soterrados.
O contato com eles acontece através de uma sonda de 7 cm de diâmetro. As equipes precisam encontrar um jeito de enviar diariamente 2000 Kcal de alimento por este orifício, o único disponível por enquanto.

Nesta semana os operários já estão recebendo 800 Kcal por dia. Enquanto as equipes revisam as cartas escritas diariamente pelas famílias, para que não haja nenhuma queda emocional além da que os operários estão experimentando, ontem pela manhã, chegou para eles o consolo em tamanho um pouco menor que 7 cm. Uma pequena Bíblia desse tamanho foi levada por um pastor, para ser enviada pela sonda. Ele teve o cuidado de passar marca-texto nos trechos que falam sobre esperança e consolo.
Emocionado, ouvi Sônia Bridi ler trechos do Salmo 40, que diz:

“Coloquei toda minha esperança no Senhor; ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito de socorro. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro”
(Salmo 40. 1-2).

É incrível como a Bíblia pode ser tão específica. As respostas sempre estão todas lá. Num momento de tamanha incerteza e até desânimo, a palavra de Deus, escrita há milhares de anos, de repente parece ter sido escrita ali na hora, para ser colocada na sonda! Isto não é fantástico, ou melhor, Divino?
Era mais de meia-noite e eu fui para a cama em seguida, enxugando as lágrimas de emoção, pela certeza de que Deus está conosco. Seja no mais profundo abismo, seja nos altos céus, jamais estamos a sós!


Ótima semana a todos!

Fábio Henrique Secomandi


Crédito das imagens

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