No mês da Páscoa, vamos falar um pouco sobre ela.
A primeira Páscoa foi realizada, geograficamente, no Egito, mas pelo povo israelita quando ali ainda era escravo. Foi a celebração da libertação concedida pelo faraó após a morte dos primogênitos egípcios.
Páscoa, Pessach, em hebraico, Passover tem esse nome porque o Anjo da morte passou e não levou os primogênitos das casas que, segundo a orientação de Moisés, haviam aspergido o sangue de um cordeiro em seus umbrais. Como consequência, o povo israelita foi libertado.
Em vez de chocolate, a Páscoa judaica é comemorada com ervas amargas. Essa refeição devia ser feita com todo o povo já pronto para viajar, pois a qualquer hora seria dada uma voz de comando para que marchassem em busca da Terra Prometida.
Na cultura cristã fez-se um paralelo com o sangue do cordeiro aspergido nas casas israelenses, com o sangue do “Cordeiro de Deus”, Jesus Cristo, que foi aspergido na cruz do Calvário também para a nossa salvação.
A ressurreição de Cristo, ao terceiro dia, complementa o significado da Páscoa, com a vitória da vida sobre a morte.
Os católicos celebram, costumeiramente, fazendo representações desde a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, a via dolorosa e a morte no Calvário. Há encenações famosas, como a da cidade de Tarumã, no interior de São Paulo.
Os protestantes também têm celebrações tradicionais semelhantes, com cantatas e musicais, com ênfase na ressurreição e na cruz vazia.
Neste ano, de 8 a 13 de abril, o Departamento de Artes da Igreja Batista do Morumbi apresentou um musical inédito chamado "A Cruz"
http://www.youtube.com/watch?v=XcY017A0GlMA Páscoa ali celebrada utilizou linguagem contemporânea e apresentou a mensagem da morte e ressurreição de Cristo em um "mix" de canto coral, dramatização, coreografia, narração e cenas digitalizadas. O suporte utilizado foi um telão e uma cruz de led, material digital de última geração, oferecendo imagens de alta resolução e brilho que enriqueceram e valorizam a apresentação.
A vestimenta do coral foi concebida em torno da cor beije claro com variações até o beije queimado, fazendo alusão à “matéria prima humana”: o pó. Maquiagem e acessórios seguem o mesmo padrão, indo das cores pérola à terra. Pés descalços completam o visual, enquanto as mãos reforçam as letras das músicas, em gestos a elas alusivos.
A orquestra formada em sua maioria por profissionais de outras áreas que se dedicam à música como expressão de seu louvor a Deus, também conta com profissionais da música que unidos se esmeram sob as batutas de dois competentes e dedicados regentes (Sidney Costa e Abel Oliveira).
O corpo de dança e a equipe de artes cênicas transformam a linguagem de palavras escritas em ação e movimento através da expressão corporal e vocal possibilitando, assim, uma maior compreensão da mensagem. O diretor Rhode Mark, da área de Comunicação Social, com seu time, motiva e extrai deles cenas mais significativas.
A equipe técnica, também em sua maioria formada por voluntários atua desde a recepção ao local, com seguranças, introdutores, condutores, backstage com iluminadores, contra regras etc. e com todo serviço de segurança profissional de plantão, de ambulâncias a bombeiros.
Enfim, de pequenos detalhes à grande apresentação artística; do trabalho mais humilde e aparentemente insignificante ao mais elaborado, glamouroso e chamativo houve critério, treinamento e aprimoramento para oferecer um espetáculo primoroso aos olhos, mas principalmente, à alma humana.
Partituras e roteiros com notas e palavras ganharam vida através dos mais de 400 voluntários sob a direção principal de dois pastores – Lisânias Moura, pastor sênior, e Sidney Costa, regente e diretor dos núcleos de devoção e evangelização.
Muitos são os colaboradores e chefes de equipes que fizeram parte da engrenagem que movimentou todo corpo artístico em torno de seu objetivo principal, de não só oferecer enlevo, mas apresentar a mensagem redentora de Cristo através das artes, a quem toda e qualquer atividade como essa é dedicada, e ao mesmo tempo, por Ele regida.
Iara Vasconcellos