segunda-feira, 21 de março de 2022

 PAZ EM MEIO À PANDEMIA

Iara Vasconcellos

- Será que vamos sobreviver?

Mesmo que não verbalizada, essa pergunta tem estado na mente de todo brasileiro que pensa, principalmente nos que já atingiram a marca de meio século e seguintes, pertencentes ao grupo de risco.

As pessoas vivem muito mais hoje do que no tempo dos nossos avós. A estrutura da vida, os cuidados médicos e os medicamentos têm aumentado o número de anos sobre a terra. Até hoje!

Traçar a origem de um vírus é algo para biólogos, cientistas, jornalistas científicos etc. Entre as inúmeras hipóteses, existem teorias da conspiração, mentiras, meias verdades e até a verdade!

A China acaba se tornando o país vilão e ponto de origem, não somente desse Coronavírus, mas da maioria das gripes que têm atingido todo o globo (Gripe A, H1N1, SARS...). Segundo alguns, essa pandemia é decorrente de experiências laboratoriais com o intuito de estudar as infecções pulmonares através do coronavírus. E nesse processo, alguns vírus escaparam ao controle e o objeto do estudo se espargiu incontrolavelmente. Outra possibilidade é a de que o hábito chinês de se alimentar de morcegos, também seja um dos responsáveis, pois esse animal é um hospedeiro natural de vários agentes infecciosos, inclusive o do fatídico vírus SARS-CoV-2 causador da COVID-19. Como na China comercializam animais silvestres como morcegos, cobras, e eles são mantidos em casa até que sejam consumidos, esse é um dos motivos de tantas epidemias e pandemias, pois favorece o surgimento de ameaças microbiais. Não se sabe ao certo qual dos dois motivos originou essa Pandemia, ou se há ainda um terceiro (que seria um vazamento proposital desse vírus, visando lucro com exportações chinesas para a “cura” da pandemia deflagrada criminosamente – essa é uma das teorias da conspiração que tem sido divulgada), mas os estudos continuam para que se chegue a uma comprovação.

Seja como for, o fato é que hoje a COVID-19 invadiu cada país do mundo conhecido e está ao nosso lado. A ameaça é real, obrigando uma sociedade a parar, a se esconder em casa, e a ficar atemorizada.

Porém, como sempre, o ser humano tem dificuldade em aceitar as realidades dolorosas e muitos escondem suas cabeças na terra como as avestruzes, negando o inegável. E isso, muitas vezes ocorre, por falta de condições emocionais para se aceitar a realidade. Um total despreparo para receber más notícias.

E assim somos nós! Vamos dos ímpetos de grandeza e megalomania, às crises de baixa autoestima, sentimento de desamparo, anseio por colo e proteção.

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Esta pandemia que atingiu o globo, que envolveu nosso país e tem chegado à regiões longínquas desde o final de 2019, tem mostrado nossa fragilidade e exposto nossa efemeridade. O confronto com o desconhecido atemoriza e causa ansiedade. Isso é real e humano. Porém, quando nos deparamos com uma situação globalizada e séria como a atual, tudo fica exacerbado.

Sentimento de impotência e temor podem conduzir ao pânico e ao desespero. A insegurança e a vulnerabilidade caminham juntas e podem desestabilizar lares e sociedades.

O número de infectados e mortos cresce em alguns lugares do mundo, e estaciona e diminui em outros, dependendo do tempo e da forma com que a população enfrenta a realidade. Apesar de parecer, não é filme de ficção e requer bom senso e medidas eficazes das autoridades. O maior impasse é cuidar da vida, ou da economia? Como equacionar essa situação? Desemprego, queda da Bolsa, restrição aos negócios e comércio têm afetado todas as nações do mundo, das mais ricas às mais pobres. Uma igualdade doída e humilhante abraçou o nosso planeta, e revelou o que há de melhor, mas também o que há de pior no coração humano, tipo usar a Pandemia em proveito próprio, com hiper faturamento dos equipamentos médicos para preservar a vida dos doentes graves.

A busca da solução continua envolvendo as mentes científicas e financeiras. Porém, o ser humano é mais do que corpo e mente. Alma e espírito têm sido fustigados e exauridos. Psicólogos e psiquiatras têm atendido via on-line e o equilíbrio tem sido buscado.

Mas, como equacionar um Deus bom com o que está acontecendo? Como encontrar paz e equilíbrio em meio a tantas variáveis e entre tantas ameaças verdadeiras?

Nessas horas, quem acredita na Bíblia tem para onde correr e encontrar conforto e orientação. Há várias passagens que se tornam referência e Norte em situações como a que estamos atravessando.

Primeiramente, precisamos reconhecer nossa dependência de Deus. Como Davi diz em Salmos 127.1: “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” Temos nossa atuação, mas se o Senhor não edificar e não proteger, de nada adiantará o que fizermos!

Especificamente para esta fase, eu diria que precisamos reconhecer nossa perplexidade, ansiedade, tristeza, indecisão, desassossego, ausência de paz interior... Esses sentimentos surgem de forma intermitente, dependendo da situação específica que estejamos enfrentando. Porém, eles têm feito parte de todos que se acham sob essa terrível ameaça, ou ação desse famigerado vírus.

Uma vez que reconheçamos essa variedade de emoções que nos sobrevém, o que fazer?

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Novamente, para aqueles que acreditam na Bíblia e a tem como regra de fé e prática, o ponto é buscar suas orientações, estudá-las e colocá-las em prática na vida.

Deus disse a Moisés, no livro de Números, que transmitisse a Arão a bênção com a qual ele e seus filhos deveriam abençoar o povo de Israel: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz” (Números 6.24-26).

Davi, o “homem segundo o coração de Deus” (1Samuel 13.14) nos diz: “O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor dá a seu povo a bênção da paz.” (Salmos 29.11). “Os que amam a tua lei desfrutam paz...”. (Salmos 119.165). “Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.” (Salmos 4.8). “Quando eu clamo, tu me respondes; coragem e força me dás” (Salmos 138.3).

O profeta Isaías, que ouviu a voz de Deus mandando que levasse ao povo Sua mensagem, nos diz: “Tu, Senhor, guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia” (Isaías 26.3).

O apóstolo Paulo, que inicialmente perseguiu o Senhor, depois de encontrar-se com Ele e tornar-se seu mais fiel seguidor, diz: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1). “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo” (Romanos 15.13).

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6-7).

Jesus caminhou por este mundo e participou de todo tipo de situação. Ele nos diz: “Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (João 14.27).

"Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo" (João 16.33).

E continuando a olhar para Jesus, podemos ir mais além e entender a paz que Ele conquistou na cruz para nós: a paz com Deus. Ele, ali, pagou o preço dos nossos pecados, pois por sermos pecadores, não poderíamos ter um relacionamento com Deus.

No livro de Romanos, vemos o plano que Deus elaborou para que tivéssemos paz com Deus: “Portanto, uma vez que pela fé fomos declarados justos, temos paz com Deus por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós” (Romanos 5.1). E vemos esse plano em detalhes ao longo desse livro:

Romanos 3.10 – “Como afirmam as Escrituras: ‘Ninguém é justo, nem um sequer’”.

Romanos 3.23 – “Pois todos pecaram e não alcançam o padrão da glória de Deus”

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Romanos 5.12 – “Quando Adão pecou, o pecado entrou no mundo, e com ele a morte, que se estendeu a todos, porque todos pecaram.”

Romanos 6.23 – “Pois o salário do pecado é a morte, mas a dádiva de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”

Romanos 10.9 – Se você declarar com sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo.

Romanos 10.13 – “Pois ‘todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’”.

E este é o plano dado por Deus para quem quiser ser salvo!!

Vamos lá... A Bíblia diz que todos somos pecadores e que esse pecado não permite que nos relacionemos com Deus. Nosso coração é enganoso (Jeremias 17.9 diz: “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto...”). E por isso não podemos nos relacionar com um Deus santo. Quem precisa ensinar uma criança a fazer o que é errado? Simplesmente não conseguimos atingir os padrões estabelecidos por Deus. Nada do que façamos, desde boas obras, bom comportamento, bons relacionamentos, não são suficientes para a perfeição exigida por Deus. Somente um justo poderia morrer pelos injustos. 1Pedro 3.18 diz: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito”.

E por que alguém perfeito, como Jesus, se submeteria a vir a este mundo imperfeito e sofrer a ponto de morrer na cruz? João 3.16 diz: “Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Esse amor por nós O levou até a cruz. E ali, Ele conquistou a vida eterna para nós. Quem se reconhece pecador, confessa e recebe o sacrifício de Jesus na cruz, é aceito por Deus e passa a relacionar-se com Ele. É necessário que haja esse tempo de conscientização do motivo da morte de Cristo, e a atitude de, em oração, ir até Ele, confessando-se pecador e pedindo a Ele o perdão dos pecados (Romanos 6.23, 10.9 e 10.13).

Essa busca por paz termina com o coração transbordando da paz de Cristo - “Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (João 14.27).

E esse relacionamento com Ele continuará por toda a eternidade, pois Jesus Cristo é “o nosso bilhete de entrada no céu”. Boas obras, bons relacionamentos, são consequência de um coração transformado por Cristo. São resultados de uma vida com Ele, e não o meio para obtê-la. O preço para a paz com Deus jamais poderá ser pago por qualquer mortal. Só Aquele que nunca pecou, foi capaz de obtê-lo, por nós, na cruz.

Você não quer olhar para o seu coração, reconhecer-se aquém dos padrões exigidos por Deus, e correr para Aquele que tanto nos amou a ponto de tomar o nosso lugar naquela cruz?

Fale com Deus. Peça que Ele perdoe os seus pecados, e venha a ser o seu Salvador. O apóstolo João diz em seu evangelho:

“Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, a saber aos que creem em Seu nome” (João1.12).

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5.24).

“Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6.37).

E além da salvação da nossa alma na eternidade, o receber Jesus como nosso Salvador implica a presença dEle todos os dias da nossa vida “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mateus 28.20).

Que esta fase de quarentena possa ser marcada não só pelo medo e insegurança, mas que seja também o momento de alegria e paz, de um relacionamento certo com Deus.

Ah, e a pergunta inicial desta matéria “Será que vamos sobreviver?”, se a resposta for negativa, mas você recebeu Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, vamos nos encontrar no céu, na vida eterna que Ele ali preparou para nós!

Iara Vasconcellos é tradutora, produtora editorial e jornalista. Ela e o marido João Marcos Vasconcellos frequentam a CBMoema (Comunidade Batista no bairro de Moema) em São Paulo e são proprietários da “Capa a Capa” – Traduções e Produção Editorial em geral.

terça-feira, 17 de março de 2015

Beda - Sabedoria do Século VII

Beda (672 - 735) foi um inglês nascido no século VII e morto no século VIII, por ocasião das conquistas anglo-saxãs da Inglaterra celta. Depois da queda do Império Romano, a população da Inglaterra diminuiu consideravelmente e vários povos passaram a lutar por sua posse. Nesse contexto Beda viveu. Ele foi um monge anglo-saxão do mosteiro de Jarrow. Entre seus escritos encontram-se princípios relacionais e empresariais preciosos, que são muito atuais hoje .

O filósofo, mestre e doutor em Educação, e professor da PUC/SP, Mario Sergio Cortella, costuma citar o "Venerável Beda", em suas palestras. Falando dos tempos atuais e suas características, como a rapidez de informação, a concorrência e a necessidade premente de competência. Algumas das máximas de Beda são: Há três caminhos que levam ao fracasso:

1. Não repartir o que se sabe

2. Não praticar o que se ensina

3. Não perguntar o que se ignora

E, por outro lado, há também, três caminhos que conduzem ao sucesso. E é só tirar a palavra NÃO da frente das frases anteriores:

1. Repartir o que se sabe

2. Praticar o que se ensina

3. Perguntar o que se ignora

E há, também, três características que devem ser aprendidas, entendidas e aplicadas durante a vida para que possamos desfrutar de um equilíbrio emocional que contribuirá grandemente para que possamos enfrentar as diversas situações da vida:

1. Generosidade mental

2. Coerência ética

3. Humildade intelectual

A própria Bíblia contém base para esses princípios, e como um monge que ganhou o título de "venerável", Beda, certamente a lia e inspirava-se nela!

Imagens:
pt.wikipedia.org
alexandrinabalasar.free.fr

Resenha de filme

Sem limites (Limitless) - duração 105' 
EUA - 2011 
Diretor - Neil Burger 
Roteiro - Leslie Dixon 
Elenco - Bradley Cooper, Abbie Cornish, Robert De Niro, Anna Friel, Andrew Howard, Johnny Whitworth 

A busca pelo conhecimento é inerente ao ser humano. Porém, na maioria das vezes, ela não é um fim em si mesmo, mas almeja o poder. Fausto, de Goethe, o recebeu de Mefistófeles tendo em vista superar o saber de sua época. Esse "presente" veio com o plus de um "gole da fonte da juventude" que o permitiu passar 24 anos sem envelhecer. Nada mal... Não fosse o final da história! 

Já em Sem limites, filme de suspense baseado no romance de Alan Glynn, The dark fields, Eddie Morra (Bradley Cooper), um escritor em seca de inspiração descobre o NZT48 que lhe é dado por seu ex-cunhado, após um encontro casual. O "ampliador da capacidade cerebral" faz com que os pretensos 20% utilizados de nosso cérebro atinjam 100% de sua capacidade. 

Após a curiosidade ganhar a luta com a relutância, a droga sai do bolso do escritor e é, em flash de Raios X, acompanhada ao ser engolida. Tudo muda... Os efeitos especiais, a fotografia, a luz, a cor e a vida de Eddie que além de escrever seu livro em quatro dias, sai do anonimato, da depressão, da mediocridade e passa a, quase que instantaneamente, dominar assuntos técnicos, falar novos idiomas, fazer cálculos e projeções financeiras cabeludíssimas, lutar como Bruce Lee, Mohamed Ali e, acima de tudo, achar soluções para as mais intrincadas situações da vida. Como se não bastasse, a nova face de Eddie faz com que ele reconquiste a antiga namorada Lindy (Abbie Cornish) e o torna "o mais popular da festa". 

Depois de ter se apropriado indevidamente de uma grande quantidade da droga, Eddie que passa a ser perseguido, se preocupa com a possibilidade de ficar sem ela. 

O tema cliché do escritor em crise de inspiração dá lugar a uma sequência de novas descobertas. Suas esferas de vida se ampliam e suas ambições se tornam ilimitadas. 


Em meio à rápida ascensão, ele descobre que todos os outros consumidores do NZT48, em sua fase de teste, estão morrendo. Mas... Por que a droga não oferece solução a esse impasse? 

Entre rostos da nova safra de Hollywood, Robert de Niro, como o milionário Carl Van Loon, mesmo sem estar no papel central, garante a qualidade desse filme que pode ser descrito como um possível quadro do futuro, ou como uma declarada e condenada apologia das drogas. 

Confesso que gostei desse filme. Seria uma grande tentação se realmente existisse uma droga que oferecesse tamanha clareza e rapidez de raciocínio, bem como a melhor solução para todo e qualquer impasse da vida. Mas ao mesmo tempo seria apavorante ter à disposição tanto poder, pois creio que ele conduziria a uma arrogância que poderia ser fatal, no momento em que a autosuficiência tentasse assumir o lugar que pertence a Deus. 

E você... Já assistiu a esse filme? O que achou? O final surpreendeu?  


Iara Piza Vasconcellos 

Crises na vida e no casamento

Iara Vasconcellos


Não queremos ser simplistas.
É muito difícil atravessar crises, e é muito fácil dar receitas prontas...

 Os cientistas, como os desportistas, são considerados idealistas e leais, sendo admirados por sua fibra e perseverança. O esporte tem seu ponto alto com as Olimpíadas, e a ciência com o prêmio Nobel, que contempla aqueles que através de incessantes pesquisas, buscam respostas e soluções que diminuam as enfermidades e aumentem a qualidade de vida do ser humano.
A mesma decepção que sofremos quando surgem casos de doping e deslealdade entre atletas, ocorreu quando em 2006 foi revelado um caso de fraude que abalou não só a comunidade científica, mas a todos que também os percebiam como heróis.
Um dos temas científicos da moda é a pesquisa para obtenção de células-tronco embrionárias clonadas (http://www.ghente.org/temas/celulastronco/fraude_na_ciencia.htm), tendo em vista utilizá-las em pacientes com doenças degenerativas.  E foi exatamente aí, que um cientista sul coreano comunicou ao mundo ter encontrado a solução. Ele foi aclamado “herói” e deu esperança a enfermos em fila de doação de órgãos.
Ocorre, porém, que cientistas de todo o mundo, utilizaram “a receita” sul coreana, mas sem conseguir o resultado anunciado. E em ciência, quando todas as especificações são rigorosamente seguidas, o desfecho, obrigatoriamente, tem que ser o mesmo, caso contrário, não será ciência. E foi assim que a fraude foi descoberta e revelada ao mundo.
Portanto, quando essa mesma técnica é aplicada em outras áreas da vida, sem, no entanto funcionar também já pensamos em algum tipo de fraude ou boicote.
Como seria bom se existisse uma receita garantida para evitar o sofrimento! Uma fórmula científica que funcionasse para que escapássemos de toda e qualquer situação desestruturante. Mas não há. Da mesma forma que o sofrimento faz parte da vida, as crises também podem trazer possibilidades. Podemos usar nossa inteligência e astúcia, no sentido de aproveitá-las, e assim, também ajudaremos a equilibrar nossas emoções. Seria algo do tipo: “Não gosto, não quero, mas já que tenho de passar por esta situação, vou procurar aprender tudo o que for possível, para que o sofrimento não seja em vão!”.
Essas crises ocorrem muitas vezes no casamento. Há pesquisas que apontam o sétimo ano como o ano da grande crise, das avaliações, dos questionamentos, do balanço das expectativas. Há grande incidência de crises nessa época, mas isso não as limita a esse tempo. Elas podem surgir a qualquer hora e sempre vão trazer sofrimento. Não sabemos quando, mas é certo que virão.
Precisamos ter muito claro em nossas mentes e corações, que Deus não nos abandona. Ele pode até permitir a provação, porque muitas vezes aquela será a única forma de aprendermos determinadas lições. No entanto, dEle mesmo virá a solução. 1Coríntios 10.13 diz: "Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar". É isso. Tem alguém no controle. O fogo não vai se espalhar além do estabelecido. Sofrimento dosado, resgate providenciado.
No entanto, apesar da teoria ser realmente maravilhosa, não queremos ser simplistas. É muito difícil atravessar crises, e é muito fácil dar receitas prontas, mesmo que elas não existam.
Então, gostaria de deixar claro que estes versículos não são chavões, eles são promessas de um Deus que nos ama, que compreende a nossa dor e nos reabastece com seu carinho e cuidado de Pai: Não fiquem com medo, pois estou com vocês; não se apavorem, pois eu sou o seu Deus. Eu lhes dou forças e os ajudo; eu os protejo com a minha forte mão (Isaías 41.10 NTLH).
Que as crises sirvam para corrermos para o Pai, e não do Pai!


Iara Vasconcellos é jornalista, produtora editorial e tradutora. É proprietária da Capa a Capa.

sábado, 27 de setembro de 2014

Uma tarde com Marina Silva

“Eu não vou mentir! 
Não podemos nos transformar naquilo que combatemos”


No dia de ontem, 15 de setembro de 2014, Marina Silva esteve na Casa das Caldeiras, em São Paulo num programa voltado à área artística e cultural. Estavam presentes representantes de várias modalidades como cinema, teatro, televisão, literatura, circo, artesanato e outras.
No palco havia cadeiras e nelas faziam rodízio as pessoas que iam sendo nominadas. Eram cineastas, teatrólogos, representantes de centros culturais, entre outros. Cada um abordava sua área e fazia reivindicações.
Marina, ali sentada entre os que se revezavam, exercitava o dom de ouvir. Ela ouvia e anotava.
Entre as pessoas que eram chamados, passava-se um vídeo curto e objetivo, em geral com artistas e representantes da área cultural, como Caetano Veloso.
Depois dessas rodadas, o vice Beto Albuquerque tomou a palavra e apresentou-se como colega de Eduardo Campos, já há 24 anos. Sentia-se tristeza em suas palavras ao falar sobre o amigo.

 E então, chegou a tão esperada hora e a palavra foi para Marina Silva. Depois de revelar sua incursão pelo mundo artístico, e as modalidades nas quais teve alguma vivência, citou uma frase de Lacan: "O sentido aparece só depois". A arte tem o poder de antecipar aquilo que, muitas vezes, a política só é capaz de fazer mais tarde. Muitos artistas têm esse poder de antecipar. “A arte é o espaço do exercício da simbologia. Somos humanos porque somos éticos. É na ética que se encontra e faz a mediação dos diferentes interesses. Sem o que entraríamos num processo de autodestruição, sem o que seria impossível qualquer sociedade, qualquer civilização, ela afirmou.
Marina passou, então, a contar como chegou ao partido de Eduardo Campos. Mesmo tendo sido convidada para participar de seis outros partidos, optou por unir forças com ele, que tinha uma liderança jovem, que sofria menos preconceito do que ela (diz isso consciente da realidade nacional). Aquele jovem era um lutador pela democracia e pelos direitos sociais e começava a fazer uma reflexão em sua visão de desenvolvimentista, buscando a sustentabilidade. Eduardo Campos ajudou Marina a conseguir assinaturas para seu partido e quando lhe foi negado o direito, ele foi até o Supremo, inclusive pagando advogados para que o “Rede” fosse registrado, mesmo sabendo que ela talvez viesse a ser sua concorrente política. Por tudo isso, Marina resolveu unir forças com o PSB e fortalecer a candidatura de Eduardo Campos em vez de ser candidata por outro partido.
Com 55 anos de idade, sendo 30 anos de militância política (entre outros cargos, vereadora no Acre e senadora pelo Acre, sendo em ambos a mais votada), 26% nas pesquisas, mesmo sem estrutura, ela não podia se omitir Juntos, então, fizeram uma plataforma na Internet, em que 6 mil pessoas participaram dando sugestões na elaboração do plano de governo. Os pontos desse programa eram: aprofundar a democracia, ampliar as conquistas, e a sustentabilidade. Fizeram, também, vários seminários temáticos – energia, saúde, educação, economia, juntamente com outros temas, e então, terminaram o programa, que Eduardo Campos não teve a oportunidade de ver lançado. Veja na íntegra o plano de ação para mudar o Brasil emhttp://www.psb40.org.br/imprensa/pg.pdf
Valorizar a cultura (pois ela transforma as pessoas) é uma das metas desse plano. Aqui ela fez uma colocação importante: o papel do governo é criar climas propícios para que surjam tanto artistas, quanto apreciadores, pois um depende do outro, e nesse momento cita Marcel Duchamp: “Há um consciente artístico que deve ser observado: a parte que produz e a parte que aprecia e coloca o artista, no lugar de artista”. O papel do governo é criar um ambiente favorável para ambas as partes, pois a arte e a educação favorecem o ensino e o conhecimento.

Marina é professora de História e com especialização em Psicopedagogia e em Teoria Psicanalítica.
Marina elogiou Fernando Henrique pelo Plano Real, que hoje já é uma conquista dos brasileiros. Ela deu crédito a quem de direito, e disse que hoje o plano real já é uma conquista da sociedade. Deve-se institucionalizar as conquistas.
Sobre as críticas das quais têm sido alvo, Marina diz que há uma estrutura poderosa por trás delas, um batalhão de Golias com artilharia pesada contra Davi. Em certas cidades no nordeste diziam que se Marina for eleita ela acabará com Mais Médicos; com Minha Casa, Minha Vida; com a Bolsa Família, com a Transposição do São Francisco, com a Trans Nordestina, com o Pré-Sal. Aí ela brincou: Só se eu fosse o Exterminador do Futuro!! Acrescentou que essa postura está subestimando a inteligência da sociedade brasileira.
Fez também uma comparação entre o que ela está passando agora, sendo enxovalhada por mentiras, como as que Lula sofreu por parte do “Caçador de marajás”. Fernando Collor de Melo espalhava mentiras dizendo que quem tivesse dois porcos, poderia se preparar porque alguém viria confiscar o outro suíno, quem tivesse dois quartos na casa, o Lula iria colocar outra família. E se você tivesse uma Bíblia, devia escondê-la, porque o Lula iria tomá-la. Marina saiu combatendo aquelas mentiras.
Marina tem dito: As coisas boas vamos manter, as erradas vamos corrigir! E as que não foram feitas, vamos começar a fazer!
Ela diz que o cidadão hoje tem se tornado o protagonista de sua ação política e que a ideia final é: “Queremos um Brasil melhor”. Para isso todos devem se unir e cada um contribuir com sua parte.
Chegou a hora, não mais do apelo aos brasileiros, nem da carta aos brasileiros, pois essas táticas já foram utilizadas, respectivamente por Fernando Henrique e Lula, mas chegou a vez de se ganhar a presidência da República não com base em mentiras, em calúnia, na desconstrução, porque essa já foi feita pelo Collor em relação a Lula. Agora é a vez de se eleger um presidente com base em uma carta dos brasileiros, que diz como a Cultura deve ser tratada, como a Educação deve ser tratada e assim por diante.
Marina disse ser uma mulher de fé, nascida católica e depois convertida cristã evangélica em 1997. Ela diz que há pessoas que pecam pelo excesso. Ela tem dito que, se para ser presidente da república tiver de negar a sua fé, então ela não é a candidata certa.
Ela apoiou pessoas com pensamentos diferentes dos seus em vários aspectos. Apoiou Gabeira no Rio de Janeiro, mesmo com um dos outros candidatos professando a mesma fé que a sua. Ela não estava escolhendo um padre, um rabino ou um pastor para ser prefeito do Rio de Janeiro. Ela entendia que num estado laico, Gabeira era o melhor.
Os brasileiros estão aprendendo que o estado laico é o que garante o direito de não negar a nossa fé! O direito de ser o que se é independentemente da fé, da condição social, da cor da pele, da orientação sexual. Direito assegurado pelo Estado não pode ser confundido por outra coisa.
Marina diz que fala o que pensa e assim as pessoas podem dar, ou não dar a ela o seu voto. Ela não diz coisas diferentes para agradar aos que creem, e aos que não creem. Ela tem a mesma palavra, mesmo que tenha de pagar um preço muito alto por isso. Só a verdade pode orientar uma escolha responsável.
Fica feliz ao ver pessoas que exercitam suas formas de expressão artística.
Termina com uma palavra dizendo que sabe que naquele evento há pessoas que já decidiram em quem vão votar, mas que há outras que ainda estão pesquisando. Incentiva que busquem o programa de governo (http://www.psb40.org.br/imprensa/pg.pdf). Diz que Aécio Neves ainda não apresentou e a presidente Dilma não vai apresentar, porque o programa dela é a mesma coisa que ela já está fazendo. Porém, os juros estão altos, a inflação está subindo, e o crescimento do país é pífio. Marina, então, preocupa-se com isso.
Ela diz que vê uma inversão na situação, pois quem apresentou o programa está sendo crucificado e quem não apresentou está querendo ganhar com base no cheque em branco. Quem deveria se explicar é quem quer governar sem apresentar o plano.
E, diz que aceitou ter debate, não embate. Que demorou 500 anos para o Brasil ter uma presidente mulher, então que ela não dará a Dilma o tratamento que dela está recebendo. Mesmo que essas mentiras a reduzam ao pó, a história dela não mudará pelo poder dessas mentiras.
Marina desconfia que a presidente Dilma não se sente confortável com o que tem dito sobre ela, mas que há um “marqueteiro” selvagem orientando-a. “Podem ter certeza de que, se um marqueteiro chegar para mim me mandando falar mentira a respeito dela, do Aécio, ou seja de quem for, eu não vou mentir. Não podemos nos transformar naquilo que combatemos”.
“Onde estão os algozes de Mandela, de Luther King, de Ghandi! Quando somos pequenos encontramos força olhando para os maiores!”. Essa foi uma de suas falas que mais arrancou aplausos da plateia.
Marina diz que pretende governar com as melhores pessoas de todos os partidos. Acrescenta que seu movimento é um movimento de resgate e que não tem nenhum problema em conversar tanto com Fernando Henrique quanto com Lula. Fazer um realinhamento político. Conversar sobre novas propostas para a política – infraestrutura, educação, saúde, economia.
Fez um pedido: mostre que as coisas que estão sendo ditas sobre mim são mentirosas. Divulguem o nosso programa (http://www.psb40.org.br/imprensa/pg.pdf).
E terminou dizendo: “Que haja a arte de fazer política com respeito ao outro, na busca da verdade, que não é de nenhum de nós, mas que se constrói na relação respeitosa do outro entre nós!”.

Rosângela Cianci e Iara Vasconcellos

sábado, 27 de julho de 2013

Cassie em recuperação

A nossa mocinha chegou em casa depois de 3 dias na Clínica (Oasis Pet da Vicente Rao), porque não tínhamos como segurá-la. Só quem conhece a Cassie sabe como ela é elétrica. Então, agora, ela já pode subir escada (sem ser seguidamente, claro), e até dar uma volta fora, SEM CORRER! Não pode, ainda PULAR!!!

Cassie no primeiro dia em casa depois da cirurgia
Bom, estamos nos revesando aqui em casa para manter a mocinha mais paradinha. Deitadinha, como na foto, ela parece um anjinho, não é?

DI-FÍ-CIL! Mas vamos aos poucos conseguindo. Terça-feira ela já deverá ter uma consulta com a Dr. Fernanda no Oasis Pet (aqui do Alto da Boa Vista) e quinta-feira, se Deus quiser, tirarão os pontos dela.Vamos, então, caminhando...

Guenta Cassie!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

The Super Dog

A última postagem da Cassie dizia que ela estava mais mocinha e mais comportada. Ficamos orgulhosos de poder fazer elogios e registrá-los na Internet.

Hoje pela manhã, nossa valente cachorrinha revelou mais um de seus dotes: ela estava em pé com as patinhas na janela do nosso quarto, no andar de cima do nosso sobrado, placidamente observando a rua, quando na calçada do lado oposto à nossa casa surgiu um lindo labrador chocolate sendo levado para passear. Ela simplesmente se encantou por ele. Começou a latir e a chorar, correu até a porta do quarto, voltou para a janela, correu de novo até a porta e subiu em cima da nossa cama. De repente (sem ao menos entrar em uma cabine telefônica) ela deu um salto e pulou!!!!! Pulou da janela do segundo andar!!! Ou melhor, voou! Patas dianteiras estiradas para frente, traseiras para trás e tchibum! Mergulho no espaço!




Depois de gritar, corri para baixo. Ao chegar ela estava no jardim. Graças a Deus, temos um toldo logo abaixo da nossa janela e ele abafou a queda inicial. Em seguida ela caiu na grama que estava fofa, pois são daqueles quadrados de grama aplicados ao solo.

Não vimos em que posição ela caiu, mas tanto ela como nós ficamos muito assustados. Nós a tiramos do gramado e começamos a apalpá-la imediatamente para ver se ela reclamava de alguma dor. Bom, acabamos levando-a à médica veterinária, que a examinou e disse que tudo parecia estar bem, mas que seria preciso observá-la até amanhã (terça-feira 23/07/2013).

E nesta terça-feira ela deveria ser castrada. Deveria não, deverá, porque aparentemente o super-dog está bem. A doutora Fernanda do Pet Shop Oásis, onde a Cassie frequenta, disse que não será preciso cancelar a cirurgia, e que ela aproveitará para observar se está tudo em ordem lá dentro.

Vamos, então, aguardar que tudo corra bem e que amanhã a esta hora ela já esteja se recuperando. Na próxima postagem darei mais detalhes. Como ela é "muuito calminha", deverá ficar uns dois dias na própria clínica, porque não temos como fazê-la ficar paradinha nas primeiras 48 horas!

Bom, é isso! Até a próxima aventura da super cã!



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Notícias da Cassie

 

Não fiz mais postagens sobre a Cassie. Muitos me perguntam como ela está e respondo a mais pura verdade: linda e um pouco menos levada. Com o tempo, aquela coisinha destruidora foi ficando mais comportada e hoje ela está bem melhor.

Cassie fez 1 ano e está enorme. Continua bagunceira e, segundo a Lu (dona da creche que ela frequenta, Recanto dos bichos) deve continuar assim até 1 ano e meio. Tudo bem, faz parte do show! Vou esperar mais um pouco pra lixar os móveis que ela roeu!  Apesar de haver momentos em que chegamos a perder a paciência com ela, essas horas estão diminuindo gradativamente.
 
Acredite se quiser, ela também está desenvolvendo um lado útil pra nós: o de cão de guarda. Ninguém passa por nossa casa sem ser notado e "saudado" com o forte e sonoro latido da nossa linda "vigilante" marrom. Segue uma sequência de fotos da nossa amiguinha:


Cassie no canil - 45 dias


Chegada em casa - 2 meses
 



3 meses
 


4 meses
 
 


5 meses
 


6 meses
 


6 meses
 



7 meses

 

10 meses
Aqui houve um pulo, pois deixamos de tirar fotos da Cassie
entre seus 8 e 9 meses - que pena!
 



Ao lado, Cassie atualmente com 1 ano. Não é linda?

Ela agradece e manda lambidas a todos!

Bye!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Astutos, mas simples

Falar muito de si, expor-se demais é um dos riscos de quem utiliza muito a Internet. Há uma tendência no ser humano de exibir-se. Mas não é só na Internet... Aqueles adesivos que se colocam  nos carros atrás mostram quantas pessoas, quantos e quais animais moram na casa, se a família conta com pai e mãe, se é um pai separado com filhos, ou uma mãe separada com filhos; se a família tem animais domésticos e até se a sogra mora junto.
Sem dúvida qualquer uma dessas formas atuais de comunicação são muitas vezes realizadas com a maior inocência, mas podem se tornar fonte de informação para mentes maldosas.
Eu mesma, depois que comecei a ter esse tipo de insight dei uma parada nas minhas postagens. Que pena!



Bênção ou maldição? A resposta a essa pergunta depende exatamente desse verbo: depender. DEPENDE de como esses meios são utilizados. Quem se expõem demais acaba se machucando, ou sendo machucado. O apóstolo Paulo já dizia isso lá no seu tempo: Para os puros todas as coisas são puras. Para os corruptos e descrentes nada é puro: até a sua mente e consciência são corrompidas (Tt 1.15).
Precisamos agir como Jesus recomendou: Sejam astutos como as serpentes e simples como as pombas (Mateus 10.16).
Que nesta nova fase de descobertas cada vez mais impactantes na área de Comunicação, possamos nos comunicar, fazer novas amizades, compartilhar, reencontrar, mas com sabedoria e bom senso.

sábado, 9 de junho de 2012


  
A Cassie chegou!
Ninguém substitui ninguém, porque não existem duas pessoas iguais, como também não existem animais iguais, nem ao menos frutas iguais!  Mesmo que se faça uma salada de frutas com frutas da mesma espécie, na mesma quantidade  o sabor de cada uma será diferente e nunca comeremos uma salada de fruta igual à outra! Já pensou nisso?

Essa introdução toda foi para falar que eu sabia que o próximo cachorro que teríamos, não seria igual à Shadow, que ficou conosco quase 15 anos e era uma verdadeira lady! Nunca mordeu ninguém, nem roeu os nossos móveis. É sério!

Por isso, eu achei que estava preparada para receber mais um cãozinho, sabendo que ele, ou ela, não substituiria a Shadow, mas que seria outro "serzinho" que viveria conosco e com quem nos inter-relacionaríamos. E foi com esse espírito que tomamos os passos para que a Cassie fosse essa nova amiguinha.

Mas, quem disse que eu estava preparada? Aquela coisinha fofa de 45 dias que veio para casa (hoje já com quase quatro meses) deu um baile tanto no João Marcos quanto em mim. Ela é elétrica, morde tudo e todos, põem as patinhas sobre a mesa, pula em cima dos móveis e com os dentinhos afiados rasga as nossas roupas e nos mordisca sem parar.

Ela é inteligentíssima, já aprendeu a sentar, a dar a pata e... Pasmem... A abrir a porta da cozinha batendo a patinha no trinco! Logo mais vamos ensiná-la a fechar a porta, pois está muito frio para que fique aberta (Rsrsrs)!










Enfim... Quero dizer que aprendi a lição. Cada ser vivente é único e ocupa seu espaço e tempo, nesta terra, enquanto o Pai permite que aqui estejamos.
Por isso, tanto Cassie, quanto nós estamos aprendendo a viver juntos. Os limites estão sendo colocados, e o amor vai aos poucos aumentando (apesar de haver momentos em que diminui, quando ela nos morde, ou destrói alguma coisa da casa). Mas descobrimos que isso faz parte do show!


E é assim que cada dia vamos aprendendo a viver com mais esse querido membro da família.

Cassie, você é muito bem-vinda!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O LADO “A” DA POLÍCIA

Feriadão... A cidade de São Paulo estava tranquila. O trânsito estava leve. As pessoas passeavam com seus cães.

Chegávamos a nossa casa ao final da tarde já escolhendo a pizza que pediríamos para o jantar que teríamos com amigos, quando resolvi ir ao supermercado buscar uma sobremesa.

João Marcos, então, saiu do carro e eu assumi o volante. Ele, em pé ao lado do carro pegava suas coisas no banco de trás e se preparava para entrar quando um carro passou por nós, parando uns 2 metros à frente. Olhei para a porta traseira e vi uma arma. Tentei avisar o meu marido, mas não deu tempo. Três indivíduos armados saíram do carro e num instante nos cercaram. Foram pegando tudo que tínhamos: carteira, bolsa, carro. Dois voltaram para o Corolla prata, dois pegaram o nosso Meriva cinza e saíram cantando pneu.

“Bondosamente” os ladrões haviam jogado as chaves de casa ao chão e assim que nos recuperamos do choque inicial corremos para dentro.Tremíamos tanto, que era difícil pensar. Aos poucos nossos corações foram se acalmando e começamos a tomar as providências necessárias como cancelar cartões de crédito, talões de cheque e chamar a polícia. Dois policiais vieram até a nossa casa e disseram que já tinham recebido um comunicado do roubo do carro que os assaltantes usaram para nos roubar. Fomos, então, orientados a fazer um BO e a trocar o miolo das fechaduras, pois as chaves de casa estavam dentro da bolsa que tinham roubado.Meus dois presentes de aniversário, a bolsa e uma máquina fotográfica que estava dentro dela, foram embora, bem como meu celular, óculos escuros, caneta tinteiro e tudo o que se imagina haver dentro de uma bolsa de mulher! Do João Marcos levaram a carteira de dinheiro e a de documentos.

A sensação de invasão é arrasadora e difícil de ser digerida. Diante disso nos lembramos de um ditado usado por nossas avós, mas absolutamente pertinente nos dias de hoje: “Que vão os anéis, mas que fiquem os dedos!”.

E essa experiência nos levou a conhecer uma parte da sociedade com a qual não convivíamos até então... A polícia.

Fomos inicialmente fazer o BO na 27ª Delegacia de Polícia, no Campo Belo. Ali fomos atendidos pela escrivã Gislene Volpini, que foi muito eficiente e gentil, nos orientando a marcar um horário no Poupa Tempo para darmos início ao pedido de segunda via de nossos documentos.

A segunda experiência em delegacia deu-se na 35ª, no bairro do Jabaquara. Fomos avisados de que a minha bolsa havia sido localizada no veículo utilizado para nos assaltar. E lá fomos nós... Ali conhecemos o proprietário do carro Corolla prata.

O soldado André, da Polícia Militar foi quem nos contatou ao telefone e permaneceu ao lado o tempo todo, enquanto se fazia a devolução dos meus pertences na delegacia. A escrivã, Alessandra de Oliveira, passou longo tempo relacionando os objetos da bolsa que iam sendo devolvidos. Paciência e eficiência ela tinha de sobra.

Enquanto isso, aguardávamos com expectativa que o carro e os documentos do João Marcos aparecessem. Mais um dia se passou até que, na madrugada de sábado recebemos outro telefonema da polícia comunicando que o carro fora localizado e que precisávamos buscá-lo.
E lá fomos nós, novamente, à 35ª Delegacia e ao Batalhão da Polícia Militar às 3h30min da madrugada. Ali conhecemos o sargento Ricci, o soldado Gobo, o cabo Eduardo e o soldado Alves. Com toda cortesia fomos transportados de viatura até o local onde os soldados, Montoro e Neto, guardavam o carro e aguardavam a nossa chegada com a chave para abrir o veículo.

O carro encontrava-se na Rua Salvador Iacona, 243, localizada no Jabaquara. Chegando ali verificamos que o carro estava “inteiro”, faltando apenas o estepe e o som. Saímos de lá com um carro de polícia à frente, e com o outro atrás. Assim conduzidos atravessamos a favela da Rua Alba (local que às 4h da manhã parecia ser 16h da tarde, de tão movimentado que estava!).
Na 35ª Delegacia, o investigador Felipe Mascaro nos recepcionou e deu todas as informações necessárias para nos tranquilizar quanto aos próximos passos a serem dados. O escrivão Jorge Yuassa também foi rápido e preciso o que agradecemos devidamente, principalmente por ser por volta das 5h da manhã.

O susto que levamos com esse assalto fez com que refletíssemos sobre a nossa vulnerabilidade e nossa dependência de Deus. Ele foi muito bom para conosco. Já o agradecemos muito, pois estamos vivos e bem.

Somos, também, muito gratos a todos os policiais que nos assistiram e orientaram em todo o processo. Sabemos que há profissionais bons e maus em todas as profissões. Mas naquele feriado prolongado tivemos a oportunidade de conhecer cidadãos dignos e educados que nos orientaram e ajudaram a atravessar aqueles momentos aflitivos. A Bíblia diz que devemos honrar a quem merece honra, então esta matéria tem por objetivo verbalizar nossa gratidão primeiramente a Deus, mas também a esses profissionais que diariamente arriscam suas vidas pelo bem da comunidade.

domingo, 15 de maio de 2011

Os cachorros deviam ser como tartarugas... E viver até os 100 anos de idade!

Deus ama os animais, caso contrário ele não os teria salvaguardado no dilúvio. Ele criou a todos - um por um, e depois na arca durante o dilúvio, os preservou de dois em dois. Alguns para que admirássemos, outros para que temêssemos e outros ainda, para que amássemos!


Há estudos científicos comprovando que os pets contribuem para equilibrar a afetividade do ser humano. Muitos deles são parceiros de profissionais da área de saúde e os ajudam a estimular e animar a vida de pessoas idosas, de pessoas com necessidades especiais e de crianças.

E além dessa nobre função, eles chegam a nossos lares, e aospouquinhos, vão conquistando os corações de cada membro da família. Há casos de pessoas que a princípio são contra criar animais em casa, e suas justificativas vão desde o trabalho que dão a medo de envolvimento e perda. No entanto, logo, logo elas são cativadas e o antagonismo se transforma em acolhimento.


Aos poucos, eles vão conquistando e ocupando um enorme espaço em nossos corações. Como todo privilégio implica responsabilidade, o fato de ter alguém que nos espera e faz sincera festa quando chegamos; que se enrosca em nossos pés quando está frio; que sobe em nosso colo no sofá da sala; que lambe nossas lágrimas quando choramos; que late quanto algum suspeito ronda nossas casas e chega a atacar se fizer qualquer movimento mais brusco em nossa direção. Tudo isso, e muito mais nos dão enquanto estão conosco em troca de carinho e cuidado


Com o tempo, a amizade acaba virando parentesco. Nós achamos que eles pensam ser gente, mas eles têm certeza disso! A intimidade que desenvolvemos faz bem aos nossos corações e nos faz sentir amados e aceitos.

E como tudo na vida tem começo e fim, o inevitável acaba acontecendo. Lágrimas quentes e angustiadas correm de nossos olhos e de nossos corações. Como é difícil a separação! Como dói... Porém, nenhuma dor será tão forte, que não compense a alegria com que nos presenteiam.



Este texto, Shadow, é dedicado a você, querida amiguinha que chegou a nossa casa e arrebatou nossos corações. Todos estes 14 anos com você foram especiais. A cada viagem que fazíamos deixávamos “pelos de Shadow” pelos lugares em que passávamos, pois inevitavelmente algum pelo preto, ou branco, iam colados a nossas roupas. Em cada dia nos lembrávamos de você. Depois, ao chegar a casa sua festa quase nos sufocava de alegria e, literalmente, rolávamos no chão para comemorar a nossa volta.



Agradecemos muito a Deus por ter nos dado você de presente e nos ajudado a desenvolver uma afetividade que não conhecíamos.
A perda rasga nossa alma e afeta nossas emoções. Porém, o mesmo Deus que criou e preservou os animais compreende nossa dor e certamente nos ajudará a atravessar estes momentos de dor.


Ah... Que bom seria, se os cães fossem como as tartarugas...