sábado, 25 de abril de 2009

Lançamento de livro


O impacto da práxis religiosa na construção
de vínculos sociais



Vários amigos participaram deste livro, cuja importância repercutirá na sociedade brasileira. Creio que ele veio suprir uma das lacunas existentes entre a fé e a prática na vida do cristão, com ênfase na integridade e respeito ao próximo. Tão em falta, esse duo compõe o que mais carece a nossa sociedade que, de cristã, só tem o nome!

Fizemos um cartão e o colocamos em uma rosa, vermelha para as mulheres e branca para os homens! Entregamo-las com respeito e admiração aos que ali estavam presentes! Persinho, Márcia, Belkis, Yara, João Clemente. Infelizmente, Roseli - prima - não estava, nem Rose Santiago e nem Tácito Maranhão. Nem tudo é perfeito, mesmo!

Mas, ficamos felizes por ter estado nesse evento! Que Deus abençoe e direcione a repercussão dessa tão importante literatura!

O que estou lendo no momento:



A Cabana
de William P. Young




Gostaria de recomendar um livro que me foi recomendado por uma amiga. Eu o comprei e já comecei a ler. Chama-se "A Cabana", de William P. Young. É uma ficção misturada com suspense, com reflexão e espiritualidade. Por enquanto estou apreciando a história, com uma ressalva: a tradução. Talvez pelo fato de eu também ser tradutora fico reparando e enxergo frases que certamente eu traduziria de forma diferente. Mas o que mais me incomoda no livro, é o fato de o tradutor ter utilizado a palavra "rezar" em vez de "orar". Acho que vou mandar meu currículo para a editora deles, pois esse é um fator repetitivo na maioria das ficções traduzidas, que tenham algo a ver com cristãos.

Bom, a história em si é muito interessante e está me prendendo. Em resumo, o que ocorre no livro é que a filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias e há evidências de que ela tenha sido brutalmente assassinada numa cabana. Três anos e meio mais tarde, Mack recebe um bilhete, aparentemente vindo de Deus, convidando-o para voltar àquela cabana para passar um fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta ao cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreendem.

E eu também estou surpreendida, mesmo não tendo chegado ao final do livro. A confrontação com a realidade de que Deus é espírito e que não tem gênero levou certo tempo para ser digerida, e o fato dele se apresentar totalmente diferente de minha imaginação mexeu comigo.

Quando eu terminar a leitura colocarei o meu parecer. Até lá, permanece o suspense.

domingo, 19 de abril de 2009

Páscoa – significados e celebrações

No mês da Páscoa, vamos falar um pouco sobre ela.

A primeira Páscoa foi realizada, geograficamente, no Egito, mas pelo povo israelita quando ali ainda era escravo. Foi a celebração da libertação concedida pelo faraó após a morte dos primogênitos egípcios.

Páscoa, Pessach, em hebraico, Passover tem esse nome porque o Anjo da morte passou e não levou os primogênitos das casas que, segundo a orientação de Moisés, haviam aspergido o sangue de um cordeiro em seus umbrais. Como consequência, o povo israelita foi libertado.

Em vez de chocolate, a Páscoa judaica é comemorada com ervas amargas. Essa refeição devia ser feita com todo o povo já pronto para viajar, pois a qualquer hora seria dada uma voz de comando para que marchassem em busca da Terra Prometida.



Na cultura cristã fez-se um paralelo com o sangue do cordeiro aspergido nas casas israelenses, com o sangue do “Cordeiro de Deus”, Jesus Cristo, que foi aspergido na cruz do Calvário também para a nossa salvação.

A ressurreição de Cristo, ao terceiro dia, complementa o significado da Páscoa, com a vitória da vida sobre a morte.

Os católicos celebram, costumeiramente, fazendo representações desde a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, a via dolorosa e a morte no Calvário. Há encenações famosas, como a da cidade de Tarumã, no interior de São Paulo.

Os protestantes também têm celebrações tradicionais semelhantes, com cantatas e musicais, com ênfase na ressurreição e na cruz vazia.

Neste ano, de 8 a 13 de abril, o Departamento de Artes da Igreja Batista do Morumbi apresentou um musical inédito chamado "A Cruz" http://www.youtube.com/watch?v=XcY017A0GlM

A Páscoa ali celebrada utilizou linguagem contemporânea e apresentou a mensagem da morte e ressurreição de Cristo em um "mix" de canto coral, dramatização, coreografia, narração e cenas digitalizadas. O suporte utilizado foi um telão e uma cruz de led, material digital de última geração, oferecendo imagens de alta resolução e brilho que enriqueceram e valorizam a apresentação.

A vestimenta do coral foi concebida em torno da cor beije claro com variações até o beije queimado, fazendo alusão à “matéria prima humana”: o pó. Maquiagem e acessórios seguem o mesmo padrão, indo das cores pérola à terra. Pés descalços completam o visual, enquanto as mãos reforçam as letras das músicas, em gestos a elas alusivos.

A orquestra formada em sua maioria por profissionais de outras áreas que se dedicam à música como expressão de seu louvor a Deus, também conta com profissionais da música que unidos se esmeram sob as batutas de dois competentes e dedicados regentes (Sidney Costa e Abel Oliveira).

O corpo de dança e a equipe de artes cênicas transformam a linguagem de palavras escritas em ação e movimento através da expressão corporal e vocal possibilitando, assim, uma maior compreensão da mensagem. O diretor Rhode Mark, da área de Comunicação Social, com seu time, motiva e extrai deles cenas mais significativas.

A equipe técnica, também em sua maioria formada por voluntários atua desde a recepção ao local, com seguranças, introdutores, condutores, backstage com iluminadores, contra regras etc. e com todo serviço de segurança profissional de plantão, de ambulâncias a bombeiros.

Enfim, de pequenos detalhes à grande apresentação artística; do trabalho mais humilde e aparentemente insignificante ao mais elaborado, glamouroso e chamativo houve critério, treinamento e aprimoramento para oferecer um espetáculo primoroso aos olhos, mas principalmente, à alma humana.

Partituras e roteiros com notas e palavras ganharam vida através dos mais de 400 voluntários sob a direção principal de dois pastores – Lisânias Moura, pastor sênior, e Sidney Costa, regente e diretor dos núcleos de devoção e evangelização.

Muitos são os colaboradores e chefes de equipes que fizeram parte da engrenagem que movimentou todo corpo artístico em torno de seu objetivo principal, de não só oferecer enlevo, mas apresentar a mensagem redentora de Cristo através das artes, a quem toda e qualquer atividade como essa é dedicada, e ao mesmo tempo, por Ele regida.

Iara Vasconcellos

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Aprendendo a Valorizar



Pequenos gestos podem revelar grandes coisas

Iara Vasconcellos


Vivemos em uma sociedade que está se tornando cada vez mais 'antropófaga', não no sentido de antropofagia literária e cultural da Semana de Arte Moderna de 1922. O ponto aqui, são pessoas devorando-se mesmo, atropelando-se, sufocando-se mutuamente nos negócios, nas amizades, nas famílias e até nas igrejas.

A competição e o ciúme selvagem têm drenado toda energia e a transformado em ácido que corrói os relacionamentos.
Se alguém recebe mais atenção, se torna alvo de inveja. E por outro lado, o invejado se sente superior, esquecendo-se de que a vida é como uma gangorra - quem sobe desce, e quem desce, sobe e as situações de inveja também se invertem. E são esses os sentimentos nobres que habitam em nossos corações a maior parte do tempo. Mentira??? Verdade!!!

Não é agradável fazer esse 'Raio X', mas é necessário que tenhamos a conscientização, a percepção de nosso conteúdo para que possamos entender o motivo de Jesus ter vindo morrer na cruz por nós.
2 Coríntios 5.21 diz:'Em Cristo não havia pecado. Mas Deus colocou sobre Cristo a culpa dos nossos pecados para que nós, em união com ele, vivamos de acordo com a vontade de Deus'. Ou seja, enquanto acharmos que somos íntegros, puros, não vamos correr para a fonte do perdão: Jesus. Somente quando nos deparamos com a verdade sobre nós mesmos é que partimos em busca de uma solução. E essa solução já foi providenciada por Deus quando enviou seu próprio filho para nos substituir na cruz. Deus aceitou o sangue ali derramado. Resta-nos, então, estender as mãos e agarrar essa solução. Receber o que ele fez por nós, ser gratos e procurar viver de forma que o agrade.

Esta, em resumo, é a doutrina da salvação.
Porém, não vivemos de forma contemplativa ocupando nossa mente só com esse assunto, apesar dele ser fascinante. A vida é prática, ativa. Como aplicar esse contexto no dia-a-dia? A salvação nos mostra que Deus nos ama, e nós devemos, também, demonstrar aos outros nossa apreciação por eles. Essa pode ser uma forma de 'praticar' esse princípio. E ao agirmos assim, estaremos incentivando as pessoas a adquirirem uma auto-estima saudável. E aí, tocamos em um ponto polêmico. Há quem diga que não devemos incentivar essa área, porque já somos por natureza autocentrados e egoístas. Então, como ficamos?

A Bíblia, novamente, nos mostra o que fazer:
'Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um'. Romanos 12.3

Moderação é a palavra chave, pois elimina as polarizações que formam os famosos complexos de inferioridade, ou superioridade. Ou seja: somos sim, miseráveis pecadores, mas Jesus veio do céu para nos salvar. Então, ao mesmo tempo em que reconhecemos nossa falha, entendemos que é exatamente ela que nos qualifica para a graça de Deus. E Ele veio porque nos amou como somos, como estamos, cheios de sentimentos desconexos e contradições.
Pode haver maior valorização do que essa? Somos especiais para Deus e quando vislumbramos seu amor temos de nos render à essa evidência. Então, se Deus nos valorizou a esse ponto, nós também devemos valorizar os que estão ao nosso redor, sem medo de 'estragá-los'. E como podemos fazer isso?

De forma bem prática e pragmática. Podemos olhar com o intuito de enxergar. Todos têm pontos positivos e negativos. Os negativos servem para que não nos vangloriemos, e os positivos para que elogiemos. Nossa tendência é reparar mais os negativos do que os positivos. Às vezes, é pela própria tendência da inveja, às vezes é por hábito, como quando fazemos uma revisão para corrigir os erros de português em um texto. Seja qual for o motivo, devemos pedir que Deus nos ajude a ver os pontos positivos e a verbalizá-los.

Pessoas incentivadoras são cada vez mais raras, nesta época de egoísmo exacerbado.
Podemos nos treinar em detectar os pontos positivos e elogiá-los. Dessa forma, o ambiente em que estivermos inseridos poderá ficar mais agradável, pois pessoas incentivadas produzem mais e com isso se tornam mais realizadas e felizes.

Que possamos nos treinar a valorizar os que nos rodeiam, sejam familiares, colegas, amigos ou irmãos, pois...
'... como é boa a palavra certa, na hora certa!' Provérbios 15.23


Iara Vasconcellos é jornalista, produtora editorial e tradutora. É casada com João Marcos Vasconcellos.