quinta-feira, 30 de junho de 2011

O LADO “A” DA POLÍCIA

Feriadão... A cidade de São Paulo estava tranquila. O trânsito estava leve. As pessoas passeavam com seus cães.

Chegávamos a nossa casa ao final da tarde já escolhendo a pizza que pediríamos para o jantar que teríamos com amigos, quando resolvi ir ao supermercado buscar uma sobremesa.

João Marcos, então, saiu do carro e eu assumi o volante. Ele, em pé ao lado do carro pegava suas coisas no banco de trás e se preparava para entrar quando um carro passou por nós, parando uns 2 metros à frente. Olhei para a porta traseira e vi uma arma. Tentei avisar o meu marido, mas não deu tempo. Três indivíduos armados saíram do carro e num instante nos cercaram. Foram pegando tudo que tínhamos: carteira, bolsa, carro. Dois voltaram para o Corolla prata, dois pegaram o nosso Meriva cinza e saíram cantando pneu.

“Bondosamente” os ladrões haviam jogado as chaves de casa ao chão e assim que nos recuperamos do choque inicial corremos para dentro.Tremíamos tanto, que era difícil pensar. Aos poucos nossos corações foram se acalmando e começamos a tomar as providências necessárias como cancelar cartões de crédito, talões de cheque e chamar a polícia. Dois policiais vieram até a nossa casa e disseram que já tinham recebido um comunicado do roubo do carro que os assaltantes usaram para nos roubar. Fomos, então, orientados a fazer um BO e a trocar o miolo das fechaduras, pois as chaves de casa estavam dentro da bolsa que tinham roubado.Meus dois presentes de aniversário, a bolsa e uma máquina fotográfica que estava dentro dela, foram embora, bem como meu celular, óculos escuros, caneta tinteiro e tudo o que se imagina haver dentro de uma bolsa de mulher! Do João Marcos levaram a carteira de dinheiro e a de documentos.

A sensação de invasão é arrasadora e difícil de ser digerida. Diante disso nos lembramos de um ditado usado por nossas avós, mas absolutamente pertinente nos dias de hoje: “Que vão os anéis, mas que fiquem os dedos!”.

E essa experiência nos levou a conhecer uma parte da sociedade com a qual não convivíamos até então... A polícia.

Fomos inicialmente fazer o BO na 27ª Delegacia de Polícia, no Campo Belo. Ali fomos atendidos pela escrivã Gislene Volpini, que foi muito eficiente e gentil, nos orientando a marcar um horário no Poupa Tempo para darmos início ao pedido de segunda via de nossos documentos.

A segunda experiência em delegacia deu-se na 35ª, no bairro do Jabaquara. Fomos avisados de que a minha bolsa havia sido localizada no veículo utilizado para nos assaltar. E lá fomos nós... Ali conhecemos o proprietário do carro Corolla prata.

O soldado André, da Polícia Militar foi quem nos contatou ao telefone e permaneceu ao lado o tempo todo, enquanto se fazia a devolução dos meus pertences na delegacia. A escrivã, Alessandra de Oliveira, passou longo tempo relacionando os objetos da bolsa que iam sendo devolvidos. Paciência e eficiência ela tinha de sobra.

Enquanto isso, aguardávamos com expectativa que o carro e os documentos do João Marcos aparecessem. Mais um dia se passou até que, na madrugada de sábado recebemos outro telefonema da polícia comunicando que o carro fora localizado e que precisávamos buscá-lo.
E lá fomos nós, novamente, à 35ª Delegacia e ao Batalhão da Polícia Militar às 3h30min da madrugada. Ali conhecemos o sargento Ricci, o soldado Gobo, o cabo Eduardo e o soldado Alves. Com toda cortesia fomos transportados de viatura até o local onde os soldados, Montoro e Neto, guardavam o carro e aguardavam a nossa chegada com a chave para abrir o veículo.

O carro encontrava-se na Rua Salvador Iacona, 243, localizada no Jabaquara. Chegando ali verificamos que o carro estava “inteiro”, faltando apenas o estepe e o som. Saímos de lá com um carro de polícia à frente, e com o outro atrás. Assim conduzidos atravessamos a favela da Rua Alba (local que às 4h da manhã parecia ser 16h da tarde, de tão movimentado que estava!).
Na 35ª Delegacia, o investigador Felipe Mascaro nos recepcionou e deu todas as informações necessárias para nos tranquilizar quanto aos próximos passos a serem dados. O escrivão Jorge Yuassa também foi rápido e preciso o que agradecemos devidamente, principalmente por ser por volta das 5h da manhã.

O susto que levamos com esse assalto fez com que refletíssemos sobre a nossa vulnerabilidade e nossa dependência de Deus. Ele foi muito bom para conosco. Já o agradecemos muito, pois estamos vivos e bem.

Somos, também, muito gratos a todos os policiais que nos assistiram e orientaram em todo o processo. Sabemos que há profissionais bons e maus em todas as profissões. Mas naquele feriado prolongado tivemos a oportunidade de conhecer cidadãos dignos e educados que nos orientaram e ajudaram a atravessar aqueles momentos aflitivos. A Bíblia diz que devemos honrar a quem merece honra, então esta matéria tem por objetivo verbalizar nossa gratidão primeiramente a Deus, mas também a esses profissionais que diariamente arriscam suas vidas pelo bem da comunidade.

domingo, 15 de maio de 2011

Os cachorros deviam ser como tartarugas... E viver até os 100 anos de idade!

Deus ama os animais, caso contrário ele não os teria salvaguardado no dilúvio. Ele criou a todos - um por um, e depois na arca durante o dilúvio, os preservou de dois em dois. Alguns para que admirássemos, outros para que temêssemos e outros ainda, para que amássemos!


Há estudos científicos comprovando que os pets contribuem para equilibrar a afetividade do ser humano. Muitos deles são parceiros de profissionais da área de saúde e os ajudam a estimular e animar a vida de pessoas idosas, de pessoas com necessidades especiais e de crianças.

E além dessa nobre função, eles chegam a nossos lares, e aospouquinhos, vão conquistando os corações de cada membro da família. Há casos de pessoas que a princípio são contra criar animais em casa, e suas justificativas vão desde o trabalho que dão a medo de envolvimento e perda. No entanto, logo, logo elas são cativadas e o antagonismo se transforma em acolhimento.


Aos poucos, eles vão conquistando e ocupando um enorme espaço em nossos corações. Como todo privilégio implica responsabilidade, o fato de ter alguém que nos espera e faz sincera festa quando chegamos; que se enrosca em nossos pés quando está frio; que sobe em nosso colo no sofá da sala; que lambe nossas lágrimas quando choramos; que late quanto algum suspeito ronda nossas casas e chega a atacar se fizer qualquer movimento mais brusco em nossa direção. Tudo isso, e muito mais nos dão enquanto estão conosco em troca de carinho e cuidado


Com o tempo, a amizade acaba virando parentesco. Nós achamos que eles pensam ser gente, mas eles têm certeza disso! A intimidade que desenvolvemos faz bem aos nossos corações e nos faz sentir amados e aceitos.

E como tudo na vida tem começo e fim, o inevitável acaba acontecendo. Lágrimas quentes e angustiadas correm de nossos olhos e de nossos corações. Como é difícil a separação! Como dói... Porém, nenhuma dor será tão forte, que não compense a alegria com que nos presenteiam.



Este texto, Shadow, é dedicado a você, querida amiguinha que chegou a nossa casa e arrebatou nossos corações. Todos estes 14 anos com você foram especiais. A cada viagem que fazíamos deixávamos “pelos de Shadow” pelos lugares em que passávamos, pois inevitavelmente algum pelo preto, ou branco, iam colados a nossas roupas. Em cada dia nos lembrávamos de você. Depois, ao chegar a casa sua festa quase nos sufocava de alegria e, literalmente, rolávamos no chão para comemorar a nossa volta.



Agradecemos muito a Deus por ter nos dado você de presente e nos ajudado a desenvolver uma afetividade que não conhecíamos.
A perda rasga nossa alma e afeta nossas emoções. Porém, o mesmo Deus que criou e preservou os animais compreende nossa dor e certamente nos ajudará a atravessar estes momentos de dor.


Ah... Que bom seria, se os cães fossem como as tartarugas...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Falou pouco, mas falou bem!



Ditado imbatível esse, mas raramente aplicado a políticos. No entanto, a exceção é feita com a ex (e futura) candidata à presidência, Marina Silva.

Em tempos de aprovação do novo código florestal lembrei-me de um discurso proferido por Marina, pouco antes das eleições presidenciais de 2010.


Ao iniciar seu discurso, Marina perguntou:


- Que tipo de país você deseja que o Brasil seja?


E, em seguida, ela foi fazendo várias colocações, utilizando seus pontos de vista, os quais ao mesmo tempo faziam parte de sua plataforma de governo:

Queremos um país que seja:



  • Economicamente próspero


  • Socialmente justo


  • Politicamente democrático


  • Ambientalmente sustentável

O Brasil, hoje, possui:



  • 11% do total da água doce do mundo


  • A maior floresta tropical do globo


  • Uma biodiversidade com 22% de todas as espécies vivas do planeta

Enfim, resumindo, queremos:



  • Saúde


  • Segurança



  • Educação



  • Moradia digna



  • Riquezas obtidas sem destruir os recursos naturais.
Romanos 8.19 diz que a própria natureza geme esperando ser resgatada. Ela, que tem sido devastada pelo ser humano, só confia em Deus e nele espera .



E nós? Que país queremos ter?



Imagem: tiagovalenciano.wordpress.com

sexta-feira, 18 de março de 2011

Oops & Uai!

A segurança de Obama não permitiu que ele falasse ao vivo e em cores na Praça da Cinelândia, mas o liberou para que usasse o Teatro (Municipal) da Cinelândia. E não é que será melhor mesmo! No site do Terra saiu a foto de algum revoltado ultrapassado, desinformado e... bocomoco (Lembra dessa palavra?! É realmente a cara da pessoa que faz esse tipo de coisa!) que jogou um coquetel molotof na guarda de segurança do presidente americano.
Só que esse antiamericanismo já está tão fora de moda! Não é mais época desse tipo de coisa! Todos começam a perceber que o Brasil está crescendo, que não é mais um simples adolescente, mas um jovem que conseguiu estudar um pouco mais, obter seu diploma e levantar seu próprio sustento. Então, atos desse tipo não combinam com nossa realidade e me fazem lembrar de filmes antigos sobre a II Guerra Mundial, em que por terem sido abandonados em alguma ilha do Pacífico (mesmo após a Guerra ter terminado), e ficado sem qualquer tipo de comunicação com a sociedade, dois soldados, um americano e um japonês continuam a lutar e a montar armadilhas um para o outro. Só que, enquanto isso, o mundo celebra o fim da Guerra.

É... O desconhecimento conduz a sofrimentos! Por isso devemos aproveitar o hoje e transformar nossa carga de informações em conhecimento para que resultem mudanças e maior aproveitamento da vida. Caso contrário... A informação perde sua função e seu efeito!
Esperemos que as lembranças levadas por Barack Obama do Brasil sejam mais positivas e mais agradáveis do que essa!

Fotos:
Coquetel molotof: www.terra.com.br/portal/

quinta-feira, 17 de março de 2011

O presidente Barack Obama na Cinelândia?

No sábado, 19 de março de 2011, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama deverá chegar ao Brasil. Um de seus compromissos (pasme!) será discursar na Cinelândia, bairro do Rio de Janeiro, famoso pelos políticos que ali tomam a palavra e se dirigem ao povo.

Esta visita do presidente americano ao Brasil tem, além do caráter comercial (o Brasil como um futuro exportador de petróleo que é independente, separado da OPEP) também tem um toque de nostalgia e romance.


Em sua biografia, "A origem dos meus sonhos", Obama conta que sua mãe (Ann Dunham, mulher branca, americana) assistiu o filme "Orefeu Negro", que no ano de 1959 ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro e a Palma de Ouro em Cannes. O filme foi feito a partir da peça teatral "Orfeu da Conceição" de Vinícius de Moraes. Nesse filme dirigido por Marcel Camus (co-produção entre Brasil e Itália) Agostinho dos Santos (cantor carioca já falecido) cantou a famosa música tema Manhã de Carnaval (Manhã, tão bonita manhã...) de Luiz Bonfá e Antonio Maria. Ann Dunham saiu do cinema extasiada, dizendo que o filme tinha sido a coisa mais linda que ela já tinha visto!


Depois disso, o presidente na maior potência do mundo acrescenta que sua mãe, logo depois, foi estudar no Haway. Lá chegando, conheceu na escola um jovem negro queniano, com quem acabou se casando. E algo muito interessante é que havia, realmente, uma grande semelhança entre o brasileiro, Breno Mello, intérprete do Orfeu no filme, e o africano proveniente de Quênia, que se tornou pai do atual presidente dos Estados Unidos.

Mais tarde, nos anos 80, o filme tornou passar em Nova Iorque e, dessa vez, a mãe de Obama convidou o filho para assistir com ela. No meio do filme, ele conta que olho para o rosto da mãe e viu que ela estava chorando de emoção. Naquele instante, ele entendeu porque uma mulher tão branca, como sua mãe, havia se casado com um homem tão negro, como o seu pai.


Além de emocionante e pitoresca, esta história aponta a possibilidade de que se Vinícius de Moraes não tivesse feito essa adaptação do mito grego de Orfeu (que tocava lira e com ela amansava as feras e, ao final, consegue resgatar sua esposa, Eurídice, do inferno, após ter sido picada por uma serpente - http://recantodasletras.uol.com.br/ensaios/1035305) e a deixado com "cara tupiniquim, ou melhor, de Zumbi", é provável que o presidente Barack jamais tivesse nascido.

Mais uma vez as telas influenciam a vida e mostram a importância e o poder da comunicação! E amanhã, a Cinelândia conhecerá alguém que, pelo menos de filme, já a conhecia!