quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Não deu tempo...

Éramos muitos e quase todos tínhamos os olhos molhados, no culto de despedida de Jorge Rehder que aconteceu no Projeto Raízes, domingo 8 de novembro de 2009.

Jorge, dentista de profissão, era músico / poeta por paixão. Chegou, então, o momento em que Deus resolveu chamá-lo para compor lá no céu.

As músicas que fez aqui na Terra, sem estar na presença física de Jesus, já eram especiais. Imagine, então, a produção que fará ali, na presença real de sua maior inspiração!


Rudemar, um dos pastores do Projeto Raízes contou que suas últimas palavras foram o primeiro versículo do Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”. Não deu tempo dele terminar o Salmo aqui. É bem possível que tenha continuado a recitá-lo, silenciosamente e, quando percebeu, já estava na presença de seu eterno pastor!


No ano passado Jorge completou 35 anos de ministério. Suas músicas edificaram, confrontaram, sensibilizaram a muitos. Elas vão ficar por aqui, dando continuidade ao seu trabalho. “Chutando baixo” foram umas 130 músicas. Entre elas “Barnabé”. Nos congressos de pastores em que ele dirigia ou participava do louvor, essa era uma das requisitadas. “Da multidão dos que creram, era só um o coração...”. É como se inicia uma outra canção das mais apreciadas de Jorge Rehder. Ela oferece um quadro da igreja primitiva e é muito cantada durante a cerimônia de Ceia nas igrejas.

Ele compunha sozinho, ou em parceria. Entre seus mais constantes parceiros e amigos, encontram-se Nelson Bomilcar, Guilherme Kerr e Jorge Camargo e, com eles também formou um quarteto que encantou a muitos com suas composições primorosas, afinação apurada e interpretação contagiante. Foi a época da Morumbi Produções, da Igreja Batista do Morumbi, na década de 80.


Segundo Jaime Kemp, diretor de Lar Cristão e fundador de Vencedores Por Cristo, Jorge Rehder juntou-se ao time de poetas e músicos brasileiros de nossa época, que já foram “promovidos” – Jairinho, Janires e Sérgio Pimenta. E que quarteto também formaram ali!


Há muito, mas muito mais pra se escrever sobre Jorge: de seu incrível senso de humor, à integridade de vida e sensibilidade nos relacionamentos. Mas... Há também muitos outros escrevendo sobre ele. Vou, então, parar por aqui deixando registrada minha apreciação por sua vida, por sua obra e por sua linda família. Apesar da saudade, do vazio que ficou, sabemos que agora é que ele está desfrutando da verdadeira vida!


A esposa Marilda e as filhas Marina e Carol são, agora, alvos constantes de nossas orações. Que elas se sintam amadas, amparadas e sejam receptáculos do consolo direto do Espírito Santo, que é o especialista dessa área.


Até breve, Jorge.
Você só foi antes de nós!
Quando chegar a nossa vez,
você nos ensinará suas novas composições
e todos juntos cantaremos ao Senhor,
motivo primeiro de nossa vida aqui,
ou aí na eternidade!

Um comentário:

  1. Flor, estive com vcs. A vontade é de poder abraçar e não deixar nunca mais tia Marilda e as meninas...

    Queria aproveitar e perguntar se lembra o cântico do culto da manhã, sobre Pastor...
    procuro e não acho. Só sei que tocou demais meu coração.
    Aguardo resposta.
    Meu e-mail: pian_joyce@yahoo.com.br
    Bjo!
    Obrigada.

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